BRASIL - REGIÕES (clique nos links abaixo para ter acesso ao histórico de cada região) |
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A divisão regional brasileira é realizada de duas formas: através das 05 (cinco) regiões do IBGE (Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul) ou a partir de 03 (três) grandes regiões geo-econômicas:
AMAZÔNIA, NORDESTE e CENTRO-SUL.
Aspectos Geográficos: O território brasileiro é um país de grande extensão territorial, sendo considerado um verdadeiro país-continente. Sua área territorial o coloca entre os maiores países em extensão territorial - quinto lugar. Com uma área de 8.547.403 km2 ao Leste da América do Sul, limita-se ao norte com Guyana, Venezuela, Suriname e Guyana Francesa; ao noroeste com a Colômbia; ao Oeste com o Peru e a Bolívia; ao sudoeste com o Paraguai e a Argentina; e ao sul com o Uruguai. A fronteira brasileira mais extensa é com a Bolívia (3.126 km) e a menor com Suriname (593 km). Os litorais ao leste, sudeste e nordeste do país são banhados pelo Oceano Atlântico. Hoje, dos treze países que formam a América do Sul, o Brasil não tem fronteiras apenas com o Chile e o Equador. Esse fato é extremamente importante, pois a tendência do mundo moderno é a formação de blocos comerciais entre países próximos, para facilitar o processo de importação e exportação de mercadorias entre seus membros.
O Brasil, em relação a Equador, está situado em sua maior parte no hemisfério Sul (5o16' de latitude norte a 33o 45' de latitude sul) e, em relação ao meridiano de Greenwich, encontra-se totalmente no hemisfério Ocidental (34o 47' de longitude oeste e 73o59' de longitude oeste).
O ponto mais ao norte do Brasil é o monte Caburaí, em Roraima, e o ponto mais ao sul é o Arroio Chuí, no Rio Grande do Sul. O extremo oeste é a serra de Contamana, no Acre, e o extremo leste da área continental é a Ponta do Seixas, na Paraíba.
O cabo Orange, onde se situa a foz do rio Oiapoque, corresponde ao extremo norte do litoral brasileiro.
Além da área continental o Brasil possui algumas ilhas oceânicas: Atol das Rocas, Penedos de São Pedro e São Paulo, Trindade e Martim Vaz, e os arquipélagos de Abrolhos e Fernando de Noronha.
População: Em 2000 a população do Brasil alcançou 169.799.170 habitantes, ocupando quinto lugar em nível mundial, após a China, Índia, Estados Unidos e Indonésia. Com densidade demográfica média de 17,7 habitantes por km2. A população urbana corresponde a 75,4% do total e a composição étnica da população inclui 55,2% de brancos; 39,3% de pardos; 4,9% de negros; e 0,5% de amarelos.
Integração da População: A população brasileira origina-se de três tipos raciais básicos. Aos habitantes nativos (índios), somaram-se os europeus (principalmente portugueses) e africanos (a maioria originária da costa ocidental ao sul do Saara).
Moeda: A moeda oficial é o Real, cujo símbolo é R$
Capital: Brasília - DF
Idioma: O português é a língua oficial do Brasil. Com exceção das línguas indígenas faladas por pequenos grupos em reservas localizadas em áreas remotas, o português constitui a única língua do dia-a-dia. Não existem dialetos regionais. O Brasil é o único país de língua portuguesa na América do Sul.
Clima e Vegetação: Situado em sua maior parte em zona intertropical (entre a linha do Equador, que passa por Macapá, e o trópico de Capricórnio, que passa por São Paulo), a mais quente da Terra. Com predomínio de baixas altitudes, verificam-se no Brasil, variedades climáticas quentes, com médias superiores a 20º. São seis os tipos de variação climática encontrados em toda a extensão do território brasileiro: equatorial, tropical, tropical de altitude, tropical atlântico, semi-árido e subtropical. Apenas numa pequena porção do território, ao sul do trópico de Capricórnio, ocorre o clima subtropical, que determina baixas temperaturas durante o inverno. Nessa região observa-se com maior nitidez a passagem das estações do ano.
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Clima Equatorial / Florestas Latifoliada Amazônica = clima quente e úmido, com estação seca curta ou inexistente, característica da Amazônia, determinando uma vegetação densa e heterogênea (biodiversidade).
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Clima Tropical / Floresta Tropical / Cerrado = o clima tropical ocupa grande parte do território brasileiro e pode ser subdividido em:Tropical Úmido, típico do litoral oriental com temperaturas elevadas e chuvas concentradas no inverno (nordeste) e verão (sudeste). A vegetação típica é a Mata Atlântica, mas muito devastada; Tropical Semi-Úmido, no Brasil Central com duas estações bem definidas, verão úmido e inverno seco, determinando a vegetação do cerrado, com árvores esparsas e vegetais rasteiros. Na área do Pantanal surge uma vegetação complexa, dependente da pluviosidade anual; Tropical de Altitude, características das terras altas do Sudeste, apresentando temperaturas amenas e chuvas concentradas no verão. A Floresta Tropical e os campos de altitude são as vegetações mais comuns neste tipo de clima.
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Semi-Árido - Caatinga = típico do polígono das secas (sertão nordestino e norte de Minas Gerais) possui temperaturas elevadas e chuvas escassas e irregulares. A vegetação típica, caatinga, possui folhas atrofiadas, raízes longas e cactáceas algumas adaptadas para alimento do gado.
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Sub-Tropical Mata dos Pinhais / Pampas = predominante do sul do país, possui a maior amplitude térmica anual brasileira e chuvas bem distribuídas ao longo do ano. Nos trechos mais altos ocorre o domínio da araucária ou pinheiro-do-Paraná, vegetação aberta e homogênea, muito devastada. No extremo sul há o domínio de uma vegetação herbácea (rasteira), o pampa ou campanha gaúcha. A determinação se deve a pluviosidade melhor distribuída no planalto e mais escassa no extremo sul.
Cada tipo de clima corresponde a uma paisagem vegetal característica, com suas espécies típicas.
Relevo: É importante entender o relevo a partir dos processos que criam suas formas.
Ao longo da história da Terra, sua superfície foi sendo constantemente alterada, em virtude da ação das forças internas (tectonismo, vulcanismo) e externas (vento, água e homem). O modelado terrestre é o resultado da combinação da atuação dessas duas forças.
No Brasil, a estrutura geológica se formou há muito tempo (a maior parte há mais de 300 milhões de anos). Por isso, não existem em seu território dobramentos recentes (modernos - formados há aproximadamente 70 milhões de anos), como os Andes e o Himalaia. O relevo brasileiro é caracterizado por altitudes relativamente baixas. A quase totalidade do nosso território possui altitudes inferiores a 1.000 metros; apenas 3% está acima de 900 metros. Isso se deve ao intenso trabalho erosivo das forças externas.
O projeto RADAMBRASIL, desenvolvido entre 1970 e 1985, mapeou todo o território brasileiro. Graças a esse projeto e uma série de estudos desenvolvidos em universidades brasileiras e em órgãos públicos, como o IBGE, constatou-se que duas formas de relevo predominam: planaltos e depressões.
As planícies ocupam áreas restritas, estendendo-se basicamente ao longo das margens dos grandes rios, das lagoas e do litoral.
Hidrografia: O Brasil apresenta muitos rios com grandes volumes de água e a maioria deles está localizada em áreas que apresentam muitas quedas-d'água (trechos de planaltos e depressões). Porém, existem importantes rios que correm em áreas de planície como o Amazonas e o Paraguai, muito utilizados para navegação. Os rios tiveram papel importante na ocupação do território, pois serviram como vias de penetração para o interior do país.
O rios que apresentam muitas quedas-d'água podem ser aproveitados para a produção de energia elétrica, através da construção de usinas hidrelétricas. Os dois rios de maior produção de energia no Brasil são o Paraná e o São Francisco.
O Brasil possui a terceira rede hidroviária do mundo, com 36.000 km de rios navegáveis. No entanto, o volume de carga transportada nos rios brasileiros é muito pequeno em relação, por exemplo, à Holanda (que transporta 75% de suas cargas por hidrovia) e ao Paraguai (que transporta 49%). Isso mostra o mau aproveitamento do potencial hidroviário brasileiro, pois além de mais econômico, o transporte fluvial é menos poluente que o rodoviário.
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